Talismãs e Amuletos



talismas

O que são amuletos ou talismãs?
Quais os que conhece?

Antes de mais convém lembrar que, embora se confundam, amuletos e talismãs não são a mesma coisa.
Têm um mesmo propósito, só que são distintos na sua natureza e de uma forma bem simples:
– um amuleto é um objecto natural (seja de natureza animal ou mineral) que carrega em si mesmo determinadas propriedades
- enquanto que um talismã é um objecto criado pelo ser humano e que necessita de ser carregado com tais propriedades pelo ser humano.

Assim passamos para uma outra diferença mais subtil – enquanto que o amuleto se utiliza de uma forma generalista um talismã é normalmente carregado com uma energia específica, logo, com determinado objectivo.
Por norma o talismã emite determinadas energias a serem absorvidas pelas pessoas enquanto que o amuleto absorve determinada energia que se pretende afastar das pessoas.
Não quer dizer que tenha de ser literalmente desta forma. Ambos são geralmente associados à ideia de que a sua utilização trará sorte e/ou protecção a quem os usa; ambos são catalizadores de fluidos, bons ou maus.
Podem, no entanto, ser utilizados com propósitos menos dignos.

Associados ao imaginário popular, talismãs e amuletos são pela maioria vistos como superstição de quem acredita ser possível um objecto conter propriedades que afugentem doenças, azar ou maus espíritos ou que até atraiam sorte, prosperidade e outros.
Não teço comentários nesse sentido, mas lembro que são usados há milénios por diferentes povos e culturas, e que algum motivo levou a que o seu uso se perpetuasse ao longo dos tempos, mesmo com os conhecimentos modernos.

Se o seu “poder” depende mais do aspecto psicológico de quem o utiliza, o que posso comentar é que a mente tem muito mais poder que maior parte de nós crê.
Para alguns, inclusive, um amuleto não é propriamente um objecto mas mesmo uma pessoa. Há pessoas que parecem atrair para elas e/ou para os que estão à sua volta energias positivas. Assim por vezes encontramos pessoas que dizem que o seu amigo ou a sua sobrinha ou o empregado da papelaria são o seu amuleto da sorte. Porque sempre que os têm por perto recebem uma boa notícia ou ganham um prémio, ainda que pequeno, num jogo de azar.
Crendice ou facto, o certo é que até os mais racionais passam, em determinada altura, por situações em que pensam dessa forma.

talismãsO uso de talismãs e amuletos pode muitas vezes ser um óptimo auxiliar se não pelas propriedades que é suposto ter, pelo menos por permitir que a pessoa que o traz se sinta mais confiante perante as situações.
Se alguém se sente melhor por trazer no bolso uma figa ou no pescoço um fio com uma ametista, porque não?
Se a pessoa assim se sente mais protegida seja pessoal, espiritual ou até profissionalmente, julgo que a sua utilização seja não mais que benéfica. Afinal, é o intuito de talismãs e amuletos proteger-nos quando estamos vulneráveis.
Muitas vezes são eles que nos ajudam a conquistar os nossos objectivos mais difíceis.

Habitualmente utilizam-se tais objectos presos ao corpo (como fios) ou mesmo à roupa. Podem, contudo, ser simplesmente guardados numa parte da casa, junto de outros objectos pessoais que trazemos connosco no dia-a-dia, ou até mesmo no carro ou local de trabalho.

Exemplos de amuletos podem ser os cristais e pedras preciosas, plantas como o muito conhecido trevo de quatro folhas ou outras habitualmente usadas em incensos (canela, rosa, etc), ou mesmo as também muito conhecidas patas de coelho.
São, portanto, quaisquer objectos provenientes da natureza que se creia terem propriedades energéticas que possam influenciar o ambiente e a vivência de quem os possui.
talismã

Já os talismãs podem, no fundo, ser qualquer objecto criado com o propósito de o ser.
O habitual é que o talismã seja criado a partir de certo elemento da natureza aproveitando as suas propriedades. Assim o mais comum é termos talismãs feitos em metal ou madeira, transformados em ornamentos para o corpo ou para a casa.
Veja-se o exemplo do crucifixo ou mesmo de imagens de santos ou divindades.


Purificação e Consagração

Quer opte por um talismã ou por um amuleto, habitualmente a pessoa deve passar por ritual inicial em que purifica e consagra o objecto a ser utilizado.

Antes de mais deve ser limpo de possíveis más energias e posteriormente “carregá-lo” das intenções que o levam a usar tal objecto.

No caso do talismã a limpeza deverá ser feita com os materiais iniciais e a consagração no processo de confecção do mesmo. Não será, por isto, muito boa ideia usar um talismã oferecido ou comprado numa loja, ou seja, confeccionado por outrem.
Por mais confiança que tenha na pessoa nunca saberá ao certo quais as reais intenções carregadas no objecto. A pessoa até pode estar a oferecer-lhe o objecto por bons motivos, mas imagine que enquanto o fazia estava a pensar em algo desagradável ou que simplesmente não estava em harmonia com as forças benéficas que pretende atrair para si…

Para limpar o objecto passe-o por água corrente (de preferência num rio ou afim, mas a da torneira também serve. Só não o limpe em água estagnada) e deixe secar ao sol.
A consagração poderá ou não ser feita em ritual, a meu ver o ideal será um criado por si. Até uma simples meditação pode servir, já que no fundo o que importa é a intenção.


amoletosOs símbolos e os resultados

Amuletos e talismãs podem ser usados com os mais diversos fins. Depende sempre de quem os usa.
E ainda que possam existir certos símbolos já associados a fins específicos (veja o exemplo do Hamsa ou do Ankh), isso não quer dizer que tenha que usar obrigatoriamente um desses.

Não esqueça, porém, que a imagem tem também enorme poder (sobretudo o poder de accionar o potencial da nossa mente) pela associação ao resultado final. Assim, suponhamos que o seu objectivo é atrair riqueza, ainda que já existam moedas diversas utilizadas para o efeito, porque não fazer por exemplo o símbolo da moeda usado no seu país?
Ou se o objectivo é “chamar” para a sua vida o amor, porque não fazer duas figuras iguais (sejam elas quais forem) em vez de um coração ou alianças, como é mais comum?

As potencialidades num talismã, sendo criado por nós, são inúmeras. E lembre-se que no caso do amuleto, ainda que ele vibre numa energia associada à sorte, isso não significa que o não possa usar também para atrair um amor.
Depende se para si o atrair o amor é ou não uma questão de sorte.


E você, que amuletos/talismãs utiliza?


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